Psicologia
Estar Sozinho, Solitude e Solidão
“A linguagem criou a palavra solidão para expressar a dor de estar sozinho. E criou a palavra solitude para expressar a glória de estar sozinho” (Tillich)
“Um homem pode ser ele mesmo apenas se está sozinho; e se ele não ama a solitude, ele não vai amar a liberdade; pois é apenas quando ele está sozinho que pode ser verdadeiramente livre” (Schopenhauer).
"A solitude é ótima desde que você tenha alguém para contar que a solitude é ótima" (Balzac)
"Solidão de manhã
Poeira tomando assento
Rajada de vento
Som de assombração
Coração sangrando toda palavra sã"
Solitude é estar acompanhado
mesmo estando sozinho
Uma queixa muito comum em nossas sessões de psicoterapia: “Não suporto mais estar sozinho(a).” Esta frase é mais frequente na fala dos solteiros por condição do que na fala dos solteiros convictos. Nestes momentos psicoterapêuticos, associo a ideia de que “nascemos sozinhos e morremos sozinhos”, mesmo que cercados das pessoas que nos amam e que estão presentes nestas ocasiões.
Utilizamos pouco a palavra solitude. Parece relevante darmos uma chance à esta condição humana estrutural de nascer e morrer só, que é a solitude.
Nascer e morrer são experiências singulares da alma e do corpo. Só você está no seu corpo e só você pode vivenciar o embate entre corpo e alma, presente não só nestes momentos da vida. O corpo em movimento é a expressão da vida. A alma é a força vital que se apropria do corpo.
Esta experiência singular, contudo, pode e - arrisco dizer - deve ser compartilhada com o outro, este outro que nos tira da condição de estar sozinho.
Estar com o outro e estabelecer parcerias podem nos trazer o efeito manada (instinto de rebanho, Nietzsche). O efeito manada reduz nossa capacidade de pensar e, graças à preguiça que nos caracteriza, replicamos o pensamento do outro, mesmo sem refletir sobre o pensamento indutor, que pode ser a alienação, o ir na onda, o ir à balada, a violência no futebol, a dieta da moda, a aceitação do padrão estético vigente, a ideologia de uma celebridade, o que diz o livro de auto-ajuda, entre outros.
Estar com o outro, não estar sozinho, inclui as situações voluntárias com amigos, com colegas, com ficantes, com namorados, com cônjuges; e também situações involuntárias de dependência da atenção e cuidado da família, de médicos, de governantes, de professores, de policiais, de bombeiros, de chefes, de vizinhos e tantos outros eventuais companheiros de jornada.
A solitude, ser seu próprio companheiro, é conseguir pensar por si mesmo. É o que chamamos de insight em nossas sessões de psicoterapia. E o insight é o que buscamos para ter mais bem estar e qualidade de vida.
Esta página traz recortes e reflexões baseadas, entre outros, nos trabalhos de:
Felipe Souza, psicólogo: Solitude e Solidão: você conhece a diferença? e
Maria Homem, psicóloga:Solidão e Solitude
Outros Informes: Psicologia Assessoria de Desempenho Consultoria Empresarial Idéias Inspiradoras