Fevereiro/2023

Psicologia
 

Vivemos a era da disputa da atenção

Transcrição do Texto de Maurício Benvenutti

(acessado em 19 de fevereiro de 2023)


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Talvez você não conheça, mas Mrbeast é um influenciador com mais de 100 milhões de seguidores no Youtube. No fim de setembro (de 2022), a mídia americana reportou que ele recusou uma oferta de US$ 1 bilhão para vender o seu canal e as empresas vinculadas a ele. Mrbeast não só recusou, como disse que não negociaria nada por menos de US$ 10 bilhões.

 

Não demorou para essa decisão ganhar o mundo e surpreender muita gente. Isso acontece porque só uma parcela muito, mas muito pequena da sociedade entende o que esse e outros influenciadores estão desenvolvendo.

 

Trata-se de colocar a construção de comunidades antes de qualquer coisa. Essa turma lança conteúdos, interage com o seu público e começa a formar comunidades com interesses em comum. A partir disso, são criados produtos para essas comunidades, que podem ser qualquer coisa.

 

Mrbeast, por exemplo, já lançou a Feastables, uma empresa de chocolates e snacks, e a startup Backbone, que transforma celulares em controles de videogames, além de outros negócios. Um dos seus empreendimentos mais conhecidos é a cadeia virtual de restaurantes Mrbeast Burger, que vendeu 1 milhão de hambúrgueres em 2021 no seu 1.º trimestre de operação. Hoje, além de estar disponível em mais de mil locais nos EUA, Canadá e Europa sem ter espaços físicos, a 1.ª loja de rua abriu há 2 meses (em setembro/2022) e já quebrou o recorde mundial de hambúrgueres vendidos em um único dia.

 

A partir de grupos com os mesmos interesses, é possível criar demanda para qualquer coisa.

 

Observe que a vida nos ensinou justamente o contrário. Aprendemos, primeiro, que é preciso abrir a empresa. Depois, produzir peças de conteúdo para atrair potenciais consumidores. E, se as pessoas comprarem e aprovarem os nossos produtos, construir uma comunidade para recomendá-los e divulgá-los espontaneamente.

 

Já esses influenciadores estabelecem a comunidade primeiro. Eles formam grupos de indivíduos que compartilham afinidades reais, criam interações genuínas com essas pessoas e desenvolvem produtos com base nas necessidades desse público. Na última linha, o que fazem é construir uma audiência que considera sua voz e presta atenção no que falam. Esse é o maior ativo.

 

Vivemos a era da disputa da atenção. E distribuir conteúdo em escala com a consequente construção de comunidades é uma das principais formas de conquistar a atenção de alguém. Ao ser capaz de reunir pessoas que se interessam pelo que você mostra ou faz, é possível criar demanda para praticamente qualquer coisa que queira oferecer.


Jaimildo Vieira da Silva - CRP 6/89557
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